quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pela Paz E Pela Abertura Dos Postos Na Fronteira Da Faixa De Gaza

Moção
Considerando que se iniciou uma nova escalada de violência com o disparo de” rockets” contra o território israelita a partir da faixa de Gaza, o que torna mais difícil a paz;
Considerando que o governo israelita, respondeu a estes actos de violência, encerrando, como retaliação, os postos de fronteira na faixa de Gaza:
Considerando que esta resposta é desproporcionada, impede o fornecimento de combustível e a distribuição de ajuda humanitária na faixa de Gaza, traduzindo-se em sacrifícios acrescidos para a população civil não envolvida directamente no conflito:
Considerando que há que pôr termo, quer aos disparos de “rockets”, quer ao encerramento das fronteiras, que provocam sofrimentos intoleráveis a israelitas e palestinianos;

A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em sessão ordinária no dia 18 de Novembro de 2008, decide:
1º- Condenar a escalada da violência, em particular, os disparos de “rockets”contra o território israelita e apelar à sua cessação imediata;
2º- Deplorar a decisão tomada pelo governo israelita de fechar os postos de fronteira da faixa de Gaza, considerando que esta decisão desproporcionada conduz uma vez mais a punir colectivamente a população civil, cuja situação humanitária é preocupante;
3º- Apelar à reabertura dos postos da fronteira da faixa de Gaza e à retomada imediata do fornecimento de combustível e da distribuição de ajuda humanitária.

Lisboa, 18 de Novembro de 2008

O Líder da Bancada
Miguel Coelho


O Deputado

José Leitão

Esta moção foi aprovada por maioria.

O deputado municipal José Leitão afirmou, na apresentação da moção:
O Grupo Municipal do Partido Socialista não dará o seu voto favorável à moção apresentada pelo Bloco de Esquerda sobre a faixa de Gaza, porque a considera unilateral, ao ignorar que a iniciativa da escalada da violência partiu dos que lançam disparos de “rockets” contra território israelita e dos que os permitem.
Isto não significa que não consideremos também desproporcionada a decisão do governo israelita de encerrar os postos na fronteira da faixa de Gaza, punindo colectivamente a população palestiniana em Gaza. Não ignoramos a crise humanitária que aí se vive e pensamos que há que lhe pôr termo.
Na moção que apresentámos seguimos de perto as posições assumidas nesta matéria pela presidência da União Europeia, e associamo-nos à sua condenação dos disparos de”rockets”contra território israelita e aos seus apelos à reabertura dos postos na fronteira da faixa de Gaza, à retomada do fornecimento de combustível, e ao levantamento dos obstáculos à distribuição da ajuda humanitária.
Só é possível avançar no caminho da paz condenando todas as formas de violência, que provocam sofrimentos evitáveis às populações civis, quer atinjam israelitas, quer palestinianos