terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Câmara de Lisboa reduziu 265 milhões ao passivo desde 2009



António Costa deu hoje uma conferência de imprensa em que mostrou o desempenho financeiro da autarquia a que preside. Os resultados são positivos na redução de dívidas e passivo, que encolhe 265 milhões de euros. As empresas municipais estão, pela primeira vez, todas no verde .

O passivo total da Câmara de Lisboa passou de 1.952 milhões de euros em 2009 para 1.687 milhões no ano passado, um decréscimo que é, no entender do autarca, fruto da “gestão de rigor” que imprimiu na capital desde 2007, mas com especial incidência desde 2009, ano em que foi reeleito para o segundo mandato. Costa destaca o desempenho da autarquia numa altura em que existe “uma grande contracção da receita estrutural”.

“A quebra na venda de casas e a retracção no lucro das empresas explicam a redução de receitas”, uma vez que Lisboa depende apenas em 10% das receitas do Orçamento do Estado, pelo que o grosso do seu funcionamento é assegurado “pela economia”, e “ressente-se” da respectiva evolução.

O valor do passivo assusta, admite Costa, mas tem que ser visto em perspectiva. “Não obstante o montante da dívida impressionar, porque é muito elevado, é necessário que isso seja conjugado com a nossa capacidade para pagar”, sublinhou. “Os encargos financeiros são 2,7% da receita estrutural do município. A dívida é grande, mas a capacidade para pagar é muito grande. Por isso encaramos com tranquilidade a situação financeira e o futuro. É esta a situação do município e das empresas municipais”, assegurou.

Ainda assim, “houve uma redução muito significativa” do endividamento líquido, ou seja, a diferença entre a totalidade dos passivos, subtraídos dos activos. Actualmente, a câmara tem um endividamento líquido de 59%, “longe” do que a lei permite – 125% das receitas mais importantes.

No ano passado, todas as cinco empresas municipais tiveram resultados positivos, com especial destaque para a Gebalis, que nos sete últimos anos tinha registado resultados negativos. A EPUL (10,1 milhões), a EMEL (3,7 milhões) e a Gebalis (900 mil euros) lideraram os lucros. 

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31 Janeiro 2012