sábado, 14 de maio de 2011

Sócrates condena líderes políticos que apelam “à descrença e ao negativismo”



O secretário-geral do PS, José Sócrates, criticou hoje os líderes políticos que apenas dizem “mal do país” e apelam “à descrença e ao negativismo”, considerando que estes “não estão a servir os superiores interesses” de Portugal.


O dia de José Sócrates pelos distritos de Porto e Braga terminou na Afurada, Gaia, com um banho de multidão, numa arruada e num comício que juntaram centenas de pessoas.

O candidato a primeiro-ministro nas próximas legislativas afirmou que “o PS quer, nesta campanha eleitoral, defender os seus pontos de vista mas sempre com nobreza, elevação e respeito”.

“Porque aqueles que fazem uma campanha apenas insultando, denegrindo os seus adversários, apenas utilizando o ataque pessoal, verdadeiramente o que estão é a fazer ataques ao povo e à democracia”, condenou.

Sócrates recordou que em “nenhum país europeu houve partidos que provocaram uma crise política para somar à crise financeira uma crise política que prejudicou o país”, salientando que “estas eleições são acerca da responsabilidade”.

Segundo o secretário-geral socialista, “o dever de todos os líderes políticos, neste momento, é puxar pelas energias do país. É apelar à vontade, à iniciativa, ao espírito de risco, ao melhor que o povo português tem”.

“Porque quando vejo líderes políticos apenas a dizer mal do país, a apelar à descrença e ao negativismo, eu digo-vos: eles não estão a servir os superiores interesses do país”, criticou.

O primeiro-ministro demissionário voltou a sublinhar a ideia de que o PS não quer privatizar “o Serviço Nacional de Saúde, nem a escola pública, nem a Caixa Geral de Depósitos, porque isso seria uma aventura, uma irresponsabilidade dos radicais que apresentam um modelo e um programa de radicalismo ideológico”.

“E a diferença é esta: nós queremos uma sociedade onde ninguém fique para trás, nós queremos igualdade, nós não queremos uma sociedade que seja cada um por si. É por isso que o PS, é por isso que o povo tem que ganhar as próximas eleições”, declarou.

O cabeça de lista do PS pelo Porto, Francisco Assis, também dirigiu algumas palavras aos presentes no comício da Afurada, tendo afirmado que “este tempo não é tempo para experimentalismos”, nem para “a irresponsabilidade, imaturidade, incompetência e incoerência”.

“Não é tempo para quem diz um dia que tem uma posição e no dia seguinte que tem outra. Não é tempo para um partido que não tem soluções sérias, pensadas e devidamente refletidas para Portugal”, alertou.

Segundo o líder da bancada parlamentar socialista, este ainda é – e vai continuar a ser – o tempo do PS.

@LUSA

Inserido a partir http://noticias.sapo.pt