terça-feira, 21 de outubro de 2008

A lógica do dissidente ou: “como é que eu vou fazer para ganhar protagonismo e almejar a um lugar qualquer que me dê poder e visibilidade.”

É curiosa a vida partidária.

Nunca há lugar a momentos de convivência pacífica. Mesmo quando menos se espera, aparece alguém desalinhado e a desalinhar.

Não me interpretem mal!

Sou a favor do debate de ideias e contra o esvaziamento do pluralismo.

O debate é bom e recomenda-se, mesmo quando existem maiorias inquestionáveis.

Agora o que eu não percebo, e o que eu não suporto, mesmo, são os oportunismos!

Os oportunismos - e oportunistas - que só aparecem em cena em anos de eleições, de elaborações de listas e de escolha de delegados.

Os oportunistas que se recusam ajudar as Secções, sobre o pretexto de que isso é da responsabilidade dos órgãos superiores.

Os oportunismos dos que em prol de uma estratégia pessoal, do culto da personalidade, nada altruísta, egoísta e egocêntrica, se afastam do essencial da “macro” política e prosseguem numa lógica de politiquice pessoal, mesquinha e pequenina… muito pequenina.

Numa altura em que se apela à união do partido.

Em que verdadeiras facções se alinham e se preparam para os duros combates políticos de 2009, logo surgem movimentos deslizantes e de conveniência particular, procurando para proveito próprio, conquistar um espaço. Com um objectivo claro: legitimar futuras reivindicações pessoais e dissidentes dos reais interesses do Partido, sejam eles locais ou nacionais.

Ainda assim é bom que fenómenos destes se manifestem, para que todos saibam com o que se pode contar!

Até às 6 meses atrás, reinou um mar de ausência e de silêncio.

Não havia louvores, mas também não se reviam em críticas!

Hoje, afinal algo vai mal… Se não porque razões se manifestam os dissidentes?

Ter-lhes-á sido negada a participação activa?

Ou ter-se-ão esquivado de forma hábil e engenhosa a um compromisso que futuramente viesse a comprometer os seus planos pessoais?
Não deixo, no entanto, de registar com alguma mágoa e grande surpresa, que camaradas, com história e créditos firmados, se juntem a estes movimentos, substituindo a lógica do partido pela lógica pessoal.

Estamos sempre a aprender…

Mais do que nunca o partido tem de estar unido.

Mais do que nunca a Secção de Benfica e São Domingos de Benfica, como maior Secção de Lisboa, deve dar o exemplo e obter uma votação expressiva, nestas que são provavelmente as últimas eleições internas antes dos combates políticos de 2009.

O meu PS vive do debate de ideias!

No meu PS as pessoas promovem-se e pautam-se pelos valores e pelas ideias que defendem e não pelas jogadas de bastidores, pela política mesquinha, em busca da promoção pessoal.

Viva o PS.
Viva a Secção de Benfica e São Domingos de Benfica!
Filipe Batista